quarta-feira, 8 de setembro de 2010

"Independência ou morte" . . . ou AMOR.


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A 188 anos a traz as margens do riacho Ipiranga uma frase era entoada: “ Independência ou morte “. A escolha foi feita, escolheram a morte. Ao declararem independência estavam declarando a morte de milhares de pessoas, a destruição de famílias e deturpação de toda uma sociedade. A independência já havia sido declarada muito antes, desde os primórdios. Talvez eu entre em contradição agora pois vou questionar essa independência. Independência? Do que? De quem? Independência provoca liberdade, nos dizemos livres mesmo quando não temos escolhas e somos forçados a fazer o que tem que ser feito. Fazemos coisas que não queremos, isso, consciente ou não. Levantamos pela manhã, precisamos trabalhar, estudar, precisamos correr, o vento sopra. Um simples pentear de cabelo declara que não somos livres, somos escravos da vaidade e da aceitação do próximo. Forçados por uma sociedade a desesperadamente buscar, e ter, o melhor dessa terra, sem nem ao menos desfrutarmos. Massacrados pela mídia, marionete dos que pensam. Nossa vida aqui gira em torno as grandes potencias econômicas. Somos submissos aos impostos, a filas em bancos, somos tão medíocres que por causa de nosso egoísmo e ignorância nos tornamos submissos a três cores que nos dizem quando paramos e quando devemos seguir em frente. Somos tendenciados a cada vez mais acharmos que o mundo se resume a um teclado e um mouse. Onde está a liberdade quando sabemos a preocupação que vem daqueles que nos amam quando somos expostos a sociedade tarde da noite. Quando um corpo é encontrado baleado no chão, ou mutilado e enterrado em qualquer lugar. Onde esta a liberdade no aborto? Na pedofilia? No estupro? No assalto? No assassinato? Tiveram essas vitimas alguma chance? Alguma escolha? Se não tiveram, não há liberdade. Onde está a liberdade no preconceito? No racismo? Na religião? Na política? Na desigualdade social. Ela não existe. A escolha feita foi errada. A arrogância e o orgulho que há em muitos talvez impeça que concordem com tudo isso que eu disse, mais acho que já deixei claro o bastante que a independência causadora da liberdade é algo totalmente artificial e irreal quando se escolhe a morte. Tentei mostrar que a única coisa que podemos nos declarar independentes é do amor. O amor é a única coisa que o homem se tornou independente e atravez disso se tornou dependente de todas as outras coisas. A independência de Deus nos tornou irracionais, não dependermos de Seu amor nos traz morte. Ao dependermos totalmente dEle somos livres, livres do tempo, livres da mente, livres para a revolução do amor. Livres para declararmos que somos sim submissos as coisas desse mundo, mais que isso não nos abate, não nos afeta. Livres pra não mais precisarmos escolher. Livres para brincar e dançar com o Rei dos reis. Livres para sermos filhos do dono de todas as coisas. Livres para dizermos que somos escravos do amor, a única coisa que é capaz de nos fazer livres ! o meu grito é: “ dependência ou morte “.

____________________________________________________ [ Rodrigo Saddock ]